Pensamento de Grupo

Pensamento de Grupo e sua influência na Tomada de Decisão

A maioria de nós consegue lembrar de pelo menos uma vez que um grupo ao tomar uma decisão, em prol de uma adorada harmonia, deixou de lado ideias e opiniões individuais e seguiu por um caminho não muito racional. Esse tipo de disfunção na tomada de decisão, que em inglês é chamado de groupthink, damos o nome de Pensamento de Grupo.
 
Muitas pessoas já estudaram a fundo este fenômeno e dentro de nossas expedições encontramos um laboratório perfeito para observar e entender como ele ocorre ou como pode ser evitado.
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OS SINTOMAS MAIS COMUNS

1

Superestimar o poder e a moralidade do grupo

“Sim, nós somos bons em todos os sentidos!”
2

Falta de abertura para novas ideias

Ignorar ou racionalizar qualquer questionamento sobre a falsidade dos pressupostos do grupo.
3

Pressão por uniformidade

Além da autocensura, por vezes aparecem os guardiões do consenso, ambos elementos que inibem qualquer membro “desleal”.

AS CAUSAS MAIS COMUNS

4

Excessiva valorização da união do grupo

A coesão do grupo se tornou mais importante que a expressão individual de opiniões.
5

Falhas estruturais

Baixa diversidade de participantes, líder muito controlador, falta de normas e práticas que evitem o Pensamento de Grupo.
6

Ambiente muito estressante

Recentes falhas e dificuldade em processos de tomada de decisão e resolução de conflitos.

AS MELHORES ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO

7

Ambiente seguro

Crie um ambiente no qual é possível explorar os conflitos.
8

Definição de métodos

Defina métodos onde todos colocam suas posições ou ideias iniciais no papel ao mesmo tempo e somente depois elas são reveladas.
9

Líder encorajador

Como líder, encoraje as pessoas que pensam radicalmente diferente e, se necessário, eleja uma pessoa para ser o “advogado do diabo” e questionar as decisões com mais insistência.
10

Duvidar sempre

Duvide sempre da capacidade do grupo em tomar decisões racionais e esteja sempre disposto a rever uma decisão.

O PARADOXO DE ABILENE

Se você somar ao fenômeno do Pensamento de Grupo uma considerável falha em comunicação, você atinge situações bizarras e frustrantes, tais como o Paradoxo de Abilene exemplificado pela história abaixo:


Numa tarde quente em visita a Coleman (Texas), uma família está confortavelmente jogando Dominó no alpendre da casa, até que o sogro sugere um passeio a Abilene (Texas), que fica a 53 milhas, para jantar. A esposa diz, “parece uma boa ideia”. O marido, apesar de ter algumas reservas quanto ao calor e a distância, imagina que sua opinião pode estar em desacordo com o grupo e diz “por mim tudo bem. Apenas espero que sua mãe queira ir”. A sogra então diz “claro que eu quero ir. Há muito tempo que não vou a Abilene”.

A viagem é longa, empoeirada e quente. Quando chegam na cafeteria, a comida é tão ruim quanto a viagem. Eles chegam de volta em casa quatro horas depois, exaustos.

O genro fala desonestamente “Foi um bela viagem, não foi?” A  sogra diz que, na verdade, ela preferia ficar em casa, mas concordou em ir já que os outros três estavam tão entusiasmados. O marido diz “Não me agradou fazer isso. Só fui para agradar vocês. A esposa diz “Eu só concordei para deixá-los felizes, imagina se eu queria sair em um dia quente como esse!” O sogro então diz que ele só sugeriu pois achou que todos estavam entediados.

O grupo perplexo se dá conta que juntos eles decidiram fazer um passeio que ninguém queria fazer. Todos preferiam ficar e aproveitar a tarde que já acabara, descansando.

UM EXEMPLO REAL

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PARA IR ALÉM

Irving Janis analisa em seu texto Groupthink o lançamento do ônibus espacial Challenger da perpectiva do Pensamento de Grupo. Ele enumera vários aspectos do incidente para então contextualizar o Pensamento de Grupo de uma maneira mais ampla e abstrata.

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